A situação da SideWalk reflete o panorama atual do varejo brasileiro. No início desta semana, a marca de roupas e calçados solicitou recuperação judicial, alegando uma dívida de R$ 25,5 milhões. Com essa medida, a empresa se alinha a outras do setor que também enfrentam desafios financeiros.
No pedido de recuperação judicial, a SideWalk justificou suas dificuldades com o baixo desempenho das vendas durante a pandemia, o aumento dos custos de aluguel em shoppings, as mudanças climáticas e o crescimento dos gastos dos consumidores com apostas online, conhecidas como “bets”.
“O modelo de negócio está ultrapassado”, diz Ana Paula Tozzi, CEO da AGR Consultores, consultoria especializada em varejo. “Há necessidade de reposicionamento. Quando isso não acontece, fica difícil.”
Com dificuldades para se destacar no e-commerce e enfrentando um público cada vez mais envelhecido, a SideWalk observou uma perda de relevância nos últimos anos em comparação com marketplaces e outras empresas de vestuário.