Depois de meses de especulação, a Agrogalaxy protocolou seu plano de recuperação judicial na noite desta segunda-feira, 2, no Tribunal de Justiça de Goiás.
A proposta da revendedora de insumos estabelece condições bem distintas entre os credores que aceitarem colaborar com sua recuperação, sem questionamentos, e aqueles que não se adequarem às regras estabelecidas.
No plano, a empresa propõe que os credores quirografários — aqueles sem garantia — que se comprometerem a não litigar contra a companhia, aprovarem o plano e continuarem fornecendo insumos a preços de mercado e com pagamento a prazo, tenham o valor de seus créditos preservado.
O pagamento será realizado com carência de três anos e prazo até 2034, corrigido pela inflação. Para para os credores que não aceitarem essas condições, o Agrogalaxy propõe um corte de 85% dos créditos.
Os 15% restantes só começarão a ser pagos em 2028, com parcelamento até 2040, corrigido pela Taxa Referencial (TR) mais 0,5% ao ano. A companhia justifica essa proposta como uma forma de garantir a continuidade imediata das operações e a manutenção do fornecimento de insumos.
O plano também tem o objetivo de equacionar a maior parte de sua dívida, uma vez que os créditos quirografários (que incluem fornecedores de insumos e credores financeiros) representam R$ 3,7 bilhões dos R$ 3,8 bilhões registrados na lista de credores.